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em meu corpo palpita
uma exaustão que é também uma flor.
(Ai de meus sentidos
se não rumarem aonde eu for.)

 



num tempo torna-se verde fruto
para Amadurecer em manga estação
Em manga rosa

corpo adulto

vide verso

prosa

e tumulto

 

 

 


meu corpo arvoredos afora

fauna e flora

sobre fundo de exuberância tropical

pernas tornozelos peitos

rosto bunda dedos mãos

de úmido matagal

e imperfeitos

traços de natureza animal

 

 

 

Antes de mim

havia um pé

um pé de manga

um não e um sim

e outro pé eterno e descalço.
 

Acima ao pé
minha extensão breve em tom rosáceo.

E mais acima, uns olhos
Olhos esses que verdes

miram até
Onde a aurora ergueu com pedras e flores

seu invencível palácio.

 


Depois de mim haverá um anjo,
E depois, outro demônio
vulto de indistinguivel rosto,
Sem linhas de cansaço

ao avesso disso só e suave

onda de um mar que alcança água de um rio
(onde eu rio
daquilo que agora sou e faço)

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